domingo, 17 de junho de 2007

Trabalho do outro mundo



Second Life abre campo para profissionais liberais e pequenas empresas
por Flávia Rodrigues - jornal O Globo, suplemento Boa Chance -17/06/2007

O crescimento do Second Life, uma mistura de games com site de relacionamentos pessoal e comercial, está criando oportunidades para profissionais das áreas de computação e design. É que está faltando mão-de-obra especializada na linguagem gráfica usada para construir os ambientes e os personagens desse espaço virtual. Como a área é nova, tende a ganhar mais quem se especializa primeiro. A estimativa do Senac Rio é de que um programador iniciante, que tem salário em torno de R$ 2 mil, possa ganhar até R$ 7 mil depois de dominar as técnicas.

Nesse embalo, surgem cursos de programação voltados para o Second Life. O Centro de Informática do Senac Rio, por exemplo, vai oferecer capacitação a partir do mês que vem. Segundo o gerente da instituição, Frederico Novaes, micro e pequenos empresários que queiram aproveitar as oportunidades do mundo virtual também poderão contratar consultoria: — Essa área de trabalho está crescendo rapidamente. A internet é rápida. É preciso ser ágil também.

Entre as habilidades mais procuradas nesses profissionais, estão a capacidade de modelar figuras em 3D. Ou seja, construir formas complexas, como cilindros ou esferas. Os mais experientes conseguem produzir essas figuras fora do jogo e adicioná-las ao ambiente virtual.

Técnicas para deixar os avatares bonitos

A diretora da escola T&T, Cristina Araújo, explica que também é preciso aprender uma linguagem de informática chamada C++. Assim, fica prático incluir as criações próprias no ambiente do Second Life: — Essas técnicas melhoram a aparência dos personagens virtuais.

A movimentação desses personagens virtuais ou avatares — boneco indispensável para o usuário entrar no Second Life — é, aliás, uma das principais dificuldades de quem se aventura a entrar neste ambiente. A criação dos avatares também é considerada complicada. O engenheiro de computação Breno Gentil apresentou um projeto de mestrado sobre o tema ao Departamento de Artes e Design da PUCRio.

Ele está estudando as principais barreiras que os usuários encontram para se locomover no ambiente virtual.

Gentil não descarta a idéia de prestar consultoria após a defesa da dissertação: — Empresas interessadas no Second Life formam um bom mercado para profissionais ligados a novas mídias.

Na Coppe/UFRJ, a discussão sobre o Second Life chegou à linha de pesquisa “Informática e sociedade”, do mestrado e doutorado em engenharia de sistemas. Para a professora Cláudia Werner, questões éticas precisam passar pelo treinamento de quem vai trabalhar com Second Life: — Como na vida real, avatares e empresas podem ser um perigo. É preciso ter atenção à falta de regras na internet.

A novidade também pode ser interessante para os negócios de micro e pequenos empresários. Com mil reais, afirma Novaes, é possível construir um ambiente virtual onde a marca seja mostrada. Assim, o empreendedor acompanha a tendência adotada por grandes organizações como Santander, Bradesco, TAM, IBM, RJZ/Cyrela e Petrobras — que promoveu, até, oficinas virtuais de percussão com o grupo Olodum Mirim, do qual é patrocinadora.

O setor que mais cresce nesse mundo duplo, segundo o gerente do Senac Rio, é o de serviços. Particularmente, lojas de grife e salões de beleza: são elas que mais vendem produtos no Second Life. É que, como no mundo real, as pessoas querem que seus avatares pareçam bonitos.

— É grande a procura por roupas e serviços que alterem o visual dos avatares.

Grife testou roupas no ambiente virtual  O empresário e estilista Rony Meisler, da grife Reserva, conta que está impressionado com o retorno obtido com os R$ 60 mil investidos no Second Life. Foi com esse dinheiro que a pequena empresa construiu a passarela virtual e encomendou a reprodução dos modelos que seriam apresentados no Fashion Rio, dias depois. Foi um teste.

As imagens foram mostradas num telão, no desfile de verdade: — O Second Life interessa ao cliente da Reserva. Mas não esperávamos uma repercussão tão grande.

Agências de criação buscam novas estratégias - Empresas querem profissionais que dominem a tecnologia e consigam bolar ações de marketing inéditas

Além do raciocínio tridimensional, necessário à construção de ambientes no Second Life, os responsáveis por agências de criação que desenvolvem projetos para empresas querem profissionais que elaborem novas estratégias de marketing. Como explica a sóciadiretora do Estúdio Cafeína — ateliê que já montou projetos virtuais para Itaú Cultural e Dell Anno, entre outros — não adianta construir um prédio lindo no Second Life se ninguém passar por lá: — Há possibilidades a serem exploradas. Um exemplo é o boca-a-boca dos avatares.

Eles comentam sobre roupas, festas ou lugares. Em alguns casos, funciona melhor do que a comunicação numa mídia externa. Mas é preciso encontrar o profissional que conheça isso. É tudo muito novo.

“Nessa lógica aberta, é difícil planejar ações marcantes” Outro executivo, Abel Reis, vice-presidente da Agência Click, também especializada em Second Life, acrescenta que os cenários viram paisagem rapidamente.

Ou seja, pode-se montar uma bela estrutura virtual. Mas, se ela não for movimentada e criar interesse entre os freqüentadores, é bem possível que logo deixe de ser notada: — Nessa lógica aberta, como chamamos, em que tudo é possível, ainda é difícil planejar ações que sejam marcantes. Um descuido pode fazer com que as estruturas fiquem lá, completamente vazias.

Um exemplo dessa diferença é dado pelo gerente da área de Tecnologia da Informação do Senac-SP, Sidney Latorre: — Já aconteceu de avatares passarem voando por um lugar (eles têm essa habilidade) e serem convidados a divulgar um produto, ganhando dinheiro na moeda local do Second Life, os linden dollars. Ou seja, além de tudo, esse meio vira uma possibilidade de trabalho lá dentro do Second Life.

Para aumentar o potencial criativo, o trabalho na Agência Click funciona como uma espécie de força-tarefa. São quatro profissionais à frente dos projetos para o Second Life: um líder de criação, um designer e dois programadores. A empresa já trabalhou, também, em parceria com um escritório de arquitetura. — Arquitetos são profissionais que também encontram campo de trabalho no Second Life, já que eles conhecem princípios tridimensionais. No entanto, alguns ainda sentem dificuldade de produzir bem, com a variedade de recursos do Second Life — opina Reis.

Para especialista, ambiente virtual é uma revolução Latorre explica que nenhuma ferramenta criada até hoje permitiu uma interação tão grande entre os participantes. Segundo ele, em pouco tempo, isso fará com que a educação também sofra uma transformação.

— Uma revolução está se anunciando, com possibilidades incalculáveis. Creio que, logo, professores de ciências usarão o Second Life para dar aulas: avatares, deles e dos alunos, estarão flutuando em torno de átomos — acredita Latorre.

— E é lógico que isso tornará a aula bem mais divertida.

Seguindo esse raciocínio, o Senac-SP já começou a construir um campus universitário no mundo virtual.

— O Second Life extrapola tudo o que já foi feito em termos de educação à distância. 


______________________________

Confira cursos e preços

 SENAC-SP VIRTUAL: A instituição oferece cursos sobre Second Life no Second Life.

Neste caso, o aluno precisa, antes de tudo, criar o seu avatar. Pela internet, poderá interagir com vídeos e tirar dúvidas em tempo real nos cursos “Integrando Photoshop no Second Life” e “Criação de objetos no Second Life — Básico”. Ambos começam em 26 de junho.

Custam R$ 120. Há, ainda, um terceiro curso, o “Criação de objetos no Second Life — Avançado”, programado para julho. O preço é o mesmo. Informações: www.sp.senac.br.

 SENAC-SP TRADICIONAL: Quem preferir pode ter aulas tradicionais, em salas comuns.

No dia 2 de julho, a instituição dará início a dois cursos diferentes: um deles é “Desvendando o Second Life” e o outro, “Criando interfaces 3D no Second Life”. Os programas custam, respectivamente, R$ 150 e R$ 280. As aulas serão no Senac Consolação, na Rua Doutor Vila Nova 228, Vila Buarque. Site: www.sp.senac.br.

 SENAC RIO: O Centro de Informática do Senac Rio está programando os primeiros cursos sobre Second Life para julho. Micro e pequenos empresários também poderão pedir consultoria a respeito do assunto. Informações pelo e-mail informatica@ rj.senac.br.

 ESTÚDIO CAFEÍNA: Tam bém no mês que vem, o Estúdio Cafeína, de São Paulo, passa a oferecer treinamento a pessoas interessadas em saber mais sobre esse mundo virtual. As aulas serão dadas em módulos, cada um ao preço de R$ 480. Além de ter uma introdução ao Second Life, os profissionais poderão se especializar em criação, planejamento ou estratégia no ambiente virtual. O telefone é (11) 3589-7639. Site: www.cafeinaestudio.

 T&T: A escola T&T, na Barra da Tijuca, dará início a um curso de Second Life no fim de julho. No programa, estão relacionadas noções de mercado consumidor, arte, modelagem e programação. É preciso ter noções de programação e de modelagem no ambiente 3D. O valor, para inscrições até quarta-feira, é de R$ 1.199. Informações: 24389082 ou www.ttnet.com.br.

______________________________


sábado, 2 de junho de 2007

O futuro é o nosso tempo



Este dialogo faz parte do primeiro Capítulo da trilogia Matrix e nele estão apenas o Agente Smith e Morfeu onde como cenário ao fundo temos uma espécie de prédio governamental altamente protegido por guardas bem armados. Neste prédio é procedido uma espécie de ´´interrogatório´´, tortura em verdade, pelo Agente Smith em Morfeu com intenção de retirar dele os códigos de acesso da mainframe de Zion.

Se o interrogatório de Neo em outra parte do filme é realizado numa claustrofóbica sala branca , aqui vemos um local com aparência de escritório dos mais normais salvo pela cadeira com correias e instrumentos bizarros ao seu lado ( pinças, seringas, alicates estilizados e etc. ) Agora , tudo muito bem iluminado e com uma bela vista da cidade através da enorme janela que vai do chão até o teto naquela sala.


O Agente Smith termina mais revelando coisas ao seu respeito do que conseguindo retirar uma palavra sequer de Morfeu que a tudo ouve com uma expressão de dor muito forte estampada em seu rosto. Particularmente se percebe o quanto o Agente Smith, apesar de ser um mero programa dotado de auto-consciência,sofre pelo fato de encontrar-se na Matrix e nela ter de desempenhar certas funções .


__________________________________________



- Você sabia que a primeira Matrix foi criada para ser o mundo humano perfeito, onde ninguém sofreria e todos seriam felizes?
- Foi um desastre !
- Ninguém aceitou o programa. Perdemos safras inteiras.
- Alguns acham que não tinhamos linguagem de programação para descrever o seu mundo perfeito.

- Mas eu acho que como espécie os seres humanos definem a realidade através da desgraça e sofrimento.
- Então o mundo perfeito cria um sonho de que o cérebro primitivo de vocês tentava acordar e por isso Matrix foi recriada assim....... O ápice de sua civilização.

- Eu digo ´´sua civilização´´ porque quando começamos a pensar por vocês, tornou-se nossa civilização e que , claro, é a razão disto tudo.

- Evolução, Morfeu. Evolução!
- Como os dinossauros, vocês tiveram seu tempo.
- O futuro é o nosso mundo, Morfeu. O futuro é o nosso tempo.

__________________________________________